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 UBERLÂNDIA - A Prefeitura de Uberlândia gastou só em 2009 na área de saúde para custear leitos de UTIs em hospitais particulares e exames cardíacos quase R$ 21 milhões e nos primeiros cinco meses deste ano, mais de R$ 11 milhões. Os dados foram revelados durante a sessão desta terça-feira (08), na Câmara Municipal, pelo vereador Delfino Rodrigues. Depois de fazer uma ampla pesquisa no Diário Oficial do Município, os valores chamaram a atenção do vereador, pois os gastos, por exemplo, referentes ao ano de 2009 chegam a representar 9,13% do orçamento da Secretaria Municipal de Saúde. Apesar de considerar os gastos necessários para atender casos emergenciais, Delfino Rodrigues questionou a forma como são feitos. Para o vereador, os gastos poderiam ser evitados, se ao longo dos anos o município tivesse feito um planejamento estratégico e investido em leitos hospitalares, cujo déficit hoje deve estar, segundo mencionou, em torno de mil leitos. O vereador também destacou que a Prefeitura não tem priorizado o trabalho preventivo na saúde, citando que atualmente são apenas 24% de cobertura pelo Programa de Saúde da Família. “Se para doenças, como por exemplo, diabetes e hipertensão, tivéssemos um trabalho preventivo e de controle em toda cidade, poderíamos evitar no futuro, possíveis ocupação de leitos hospitalares”, complementou ele. Citou ainda o vereador em seu pronunciamento, que Uberlândia, ocupou no ano de 2009 o 11º lugar no quesito atenção primária à saúde, no relatório de desempenho dos municípios da Gerência Regional de Saúde – GRS, ficando atrás do município de Monte Alegre que atingiu o melhor desempenho - 81,13%. Finalizando, Delfino defendeu a realização de um planejamento para a implantação permanente de leitos hospitalares e maior ênfase a atenção primária na saúde para evitar gastos como estes.

Redação Uipi / Hiltonei Fernando

Imagem: Skyscrapercity.com